Por Zacarias Martins
“A noiva e outros contos políticos” (Editora Veloso), do jornalista e escritor Cleber Toledo, diretor executivo da Coluna do CT, já está disponível em e-book nas lojas da Amazon (Kindle) e da Kobo. O novo livro de Toledo em formato físico continuam à venda nas livrarias GEP (Palmas, Araguaína e Gurupi) e Leitura, do Capim Dourado Shopping.
Confira o links para adquirir o e-book de “A noiva e outros contos políticos”:
Amazon (Kindle): https://www.amazon.com.br/dp/B0CLL3NRWD
Kobo: https://www.kobo.com/br/pt/ebook/a-noiva-e-outros-contos-politicos
OS BASTIDORES DA POLÍTICA
No livro, o escritor e jornalista Cleber Toledo levanta a cortina e mostra muito de como funcionam os bastidores da política, a matéria-prima que o autor manuseia há 31 anos e que agora ganha contornos ficcionais com sua veia literária.
É a deputada que, enquanto atravessa o corredor do auditório, interage com o político que fala mal dela, com a prefeita agradecida pela obra em seu município, com o líder que a traiu nas últimas eleições e com o empreiteiro com quem mantém negócios.
O senador que tenta convencer o filho a deixar a frente dos negócios para ingressar na política; o cidadão que sonha em chegar à Câmara de Vereadores e começa até ter ilusões de óptica; o grupo de líderes que passa o dia na antessala do gabinete do prefeito em intensos conchavos; a manipulação das redes sociais em contraste com o que realmente se conversa no coração das campanhas.
O simpático líder juvenil com carreira meteórica na política e de olho nas possibilidades financeiras abertas. O sujeito que aguarda a entrega de malote mensal, mas sempre quase infarta. A deputada flagrada com o amante numa boate se vê em maus lençóis.
Ainda tem os empreiteiros decidindo qual o melhor candidato a prefeito para os seus negócios. O secretário deslumbrado com o cargo, a ex-prefeita negociando seu apoio ao candidato a senador, o grande empresário que perdeu tudo para a política e aquele sujeito que ficou sem o partido que lhe rendia excelentes negócios.
Esses são alguns dos temas explorados por Cleber Toledo em “A noiva e outros contos políticos”.
NARRADOR DE MÃO CHEIA
No prefácio do livro, o professor Pedro Albeirice da Rocha, doutor em literatura e professor do campus de Araguaína da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), avalia que o trabalho de Toledo como jornalista o credenciou “a ser uma referência no colunismo de nosso Estado”. “O que eu não sabia (descobri não faz muito tempo) é que ele é um narrador de mão cheia”, surpreende-se o especialista. “Tenho, há cerca de três anos, o privilégio de ler e opinar sobre o trabalho de ficção curta de Cleber Toledo e, a cada conto, vou tecendo dentro de mim a certeza de que estamos diante de um conhecedor da arte de narrar.”
PERFIL DO AUTOR
Jornalista desde 1992, Cleber Toledo é formado em Comunicação Social – Habilitação Jornalismo pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), de Presidente Prudente (SP), onde também lecionou. Já atuou em jornais do Paraná, São Paulo e Tocantins, exercendo as principais funções. No Tocantins, foi professor do curso de Publicidade e Propaganda das faculdades Objetivo. De 2003 a 2005 lecionou no Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra), nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.
Em 12 de março de 2005, criou o blog Clebertoledo.com.br, que originou a atual Coluna do CT. No dia 16 de dezembro de 2009, Cleber Toledo recebeu, da Assembleia Legislativa, o título de Cidadão Tocantinense; no dia 10 de setembro de 2010, a medalha Pedro Ludovico Teixeira, a mais alta comenda da Assembleia Legislativa de Goiás; e, no dia 26 de abril de 2019, o título de Cidadão Gurupiense, concedido pela Câmara de Gurupi.
É autor de “Contos que te conto” (1995) e “2018 – crise fiscal, política e 3 eleições” (Editora Veloso, 2020), lançado em novembro de 2020. Ainda participou com contos do “Anuário de Escritores e Poetas do Tocantins (Editora Veloso, 2021 e 2022).
Confira em primeira mão um trecho do conto “O ex-gigolô”, que integra o livro:
O deputado João Eduardo, que havia lhe tomado o seu maior capital, o partido pelo qual tanto se dedicara, saboreava a delícia prometida pela barraca, cercado de asseclas. Baixou a pala do boné e atravessou às costas do grupo. Não sem sentir um certo frêmito pelas lembranças que irromperam desse desditoso encontro. “Os grandes só querem faturar sozinhos. Não sobra mais nada para os pequenos”, indignou-se em pensamento.
Fez excelentes negócios na presidência daquele partido nanico, tratamento pejorativo ao qual invariavelmente insurgia-se, na roda dos íntimos, com ar de deboche e indicador ao céu dando fé da assertiva:
— Opa! Alto lá! Nada de nanico! Um gigante que me dá a independência necessária para mercadejar!